Ao Novo Jornal vários concorrentes queixam-se de terem dificuldades em encontrar as escolas e questionam por que razão os cidadãos não voltaram a fazer as provas nas escolas onde as fizeram na primeira vez.
Os concorrentes, técnicos superiores de segunda e terceira classe, assim como técnicos médios de terceira classe, vão repetir as provas em 20 escolas da capital de 20 a 22 desde mês.
Os candidatos reclamam de as administrações municipais, na sua maioria, não facilitarem o processo de localização das escolas por colocarem apenas os respectivos números.
Quem tem sorte diferente, são os concorrentes para o ingresso no GPL - sede, por terem as escolas e as letras dos concorrentes devidamente referenciadas.
"Os municípios complicam ao invés de facilitarem, no Icolo e Bengo quase não se sabe onde estão as escolas", disse Ana Sebastião, uma das concorrentes.
Junice Contreiras, outra concorrente, disse haver escolas e colégios apenas com os números e não a sua localização, o que cria dificuldades.
"Muitas pessoas hoje não vão conseguir fazer as provas porque as listas foram divulgadas tardiamente e quase sem nenhum endereço", contou ao Novo Jornal Filipe Mateus, que concorre à vaga de técnicos superiores de segunda.
Até esta terça-feira à noite, como constatou o Novo Jornal, muitos cidadãos deambulavam por diversas zonas da Província de Luanda tentando localizar a escola onde irão repetir as provas.
No município da Quiçama, por exemplo, muitos concorrentes queixam-se de estarem a faltar listas e interrogam-se de como ficará esta situação.
Vários outros concorrentes ao concurso lamentam o facto de o GPL não dar nenhum tópico para as provas, o que consideram ser um desrespeito.
Ao Novo Jornal, no princípio desde mês, um grupo de mais de 100 candidatos constaram a lista dos admitidos e acusaram o GPL de querer "roubar" as vagas e colocar pessoas da sua conveniência.
Os visados questionaram, por exemplo, por que razão tais irregularidades só foram detectadas nas categorias dos técnicos superiores e médios e não noutras.
O Tribunal de Contas suspendeu, no mês passado, o concurso público de GPL devido ao elevado número de reclamações no processo e ordenou a repetição das provas para os concorrentes das carreiras técnicas. Para o concurso há 2.080 vagas disponíveis.