Esta segunda-feira, o tribunal determinou ler em sede de audiência as declarações de cinco declarantes arrolados no processo que estiveram ausentes nos dias agendados para serem ouvidos, e que se encontram indisponíveis de estarem presentes em interrogatório.

Em interrogatório, o supremo ouviu algumas figuras do aparelho do Estado arrolado como declarantes no processo. Entre estas figuram destacam-se Carlos Feijó, ex-ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Carlos Alberto Lopes, antigo ministro das Finanças, Norberto Garcia, ex-director da extinta Unidade Técnica para o Investimento Privado (AIPEX), Fernando Fonseca, ex-ministro da Construção, e Flávio Leonel, antigo responsável da Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP).

Durante o período de interrogatório aos declarantes, o destaque recai para as declarações feitas em 2020 pelo então Presidente da República José Eduardo dos Santos e para as do seu vice, Manuel Vicente, que foram lidas na semana passada pelo tribunal.

O antigo vice-Presidente da República, Manuel Vicente, afastou qualquer envolvimento dos generais Kopelipa e Dino nos crimes de que estão a ser julgados no caso relacionado com os activos do grupo China International Fund (CIF) em Angola.

Manuel Vicente duvida também que o Governo não saiba nada sobre o pagamento dos carregamentos de petróleo feitos à China, respondendo à acusação, que diz que esses pagamentos, avaliados em milhões de dólares, nunca entraram nos cofres do Estado angolano.

O Novo Jornal sabe que esta segunda-feira o tribunal vai proceder à leitura dos interrogatórios de cinco declarantes, prestadas em sede da instrução preparatória do processo à Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP).