Este recorde desde que a pandemia começou a fazer caminho em Angola, os 644 casos em 24 horas, surge acompanhado de 11 mortes em resultado da Covid-19, como foi anunciado pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
A Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19 em Angola fez mais uma apresentação de dados acompanhada do anúncio do novo decreto Presidencial.
O País vive há mais de um ano em situação de calamidade e já conta com 57.247 casos positivos,1.548 óbitos.
Sílvia Lutucuta lamentou a "constante desobediência" às medidas de protecção considerando que a "alteração do aumento galopante de novos casos depende do comportamento de todos".
Excessos que levaram à retoma de medidas fortemente restritivas, como o acesso às praias. Mas há outras.
O Governo voltou a interditar o acesso às praias a partir de hoje para conter o aumento vertiginoso de casos da Covid-19 em Angola, que, nas últimas duas semanas, por dias consecutivos, foi responsável por mais mortes que a malária, a principal causa de morte no país há décadas.
Esta determinação está plasmada no decreto Presidencial que molda o novo período de estado de calamidade e que entra em vigor já na sexta-feira, 01.
O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, adiantou que as piscinas públicas e zonas balneares estão englobadas nesta nova restrição, que tem como objectivo conter o aumento de casos positivos e de mortes no país.
Ainda na mesma perspectiva, o Executivo instituiu a obrigatoriedade da vacinação dos funcionários públicos e prestadores de serviços públicos até ao dia 15 de Outubro, data a partir da qual só com o certificado de vacinação ou teste negativo terão acesso aos locais de trabalho.
Adão de Almeida fez questão de enfatizar que os testes negativos serão da responsabilidade individual e não das empresas ou ministérios.
"É necessário que todos os cidadãos maiores de 18 anos se dirijam aos postos de vacinação", reforçou o ministro. Além destas duas medidas que correspondem a uma resposta clara à nova severidade dos contágios pelo Sars CoV-2, cujo crescendo está a gerar fortes preocupações no Executivo devido à iminente ruptura no sistema de saúde nacional.