Os funcionários da PGR avançaram para a greve para reivindicar a publicação em Diário da República do "pacote legislativo" com o novo regime remuneratório, subsídios de risco e a transição de carreiras, direitos que afirmam estarem por cumprir há vários anos..
"Essa greve é inoportuna. Não faz sentido neste momento os trabalhadores da PGR entrarem em greve, porque desde que entramos em funções reunimos duas ou três vezes com o sindicato para a resolução das preocupações que nos foram colocadas", disse Hélder Pita Grós.
O magistrado mostrou a sua estranheza, em declarações aos jornalistas durante uma cerimónia oficial, porque a greve foi iniciada depois de a direcção da PGR ter pedido ao sindicato que indicasse um elemento para integrar um grupo de trabalho cujo objectivo é resolver o problema que conduziu ao protesto laboral.
Este grupo integrará ainda representantes dos ministérios da Justiça, Finanças e da Administração Pública e Trabalho e Segurança Social.
Entretanto, Elias Pinto, secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR de Angola, reagindo às declarações do Procurador-Geral, disse que nada vai mudar, apesar das declarações de Hélder Pita Grós.
"Não estamos preocupados com as declarações do PGR, é uma forma de desestabilizar a intenção sindical, mas nós perseguimos os nossos objectivos para o bem dos trabalhadores", afirmou, citado pela Angop.
"Estamos a caminho de seis anos que os diplomas nunca avançam, porque permaneceram nas gavetas das entidades superiores. Só depois da pressão do sindicato é que eles pegaram nos documentos, mas de forma titubeante. Já deviam ter sido aprovados há muito tempo para o benefício dos trabalhadores", remata.