O acto que assinalou o regresso da imagem aconteceu durante a cerimónia dominical presidida pelo Bispo da Diocesse de Viana, Dom Joaquim Ferreira Lopes, com a presença da ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, do governador de Luanda, Graciano Domingos, e fiéis de vários pontos do país.

A vandalização da imagem, em madeira, aconteceu a 27 de Outubro de 2013, perpetrada por seis homens e uma mulher, alegadamente pertencentes a uma seita e que foram detidos de imediato por populares e polícia.

O ataque, à paulada, atribuído pelas autoridades eclesiásticas a "fanáticos religiosos", provocou danos na imagem, que esteve até agora em restauro.

O regresso da imagem ao templo de Muxima - considerado o maior centro mariano da África subsaariana - coincide com a segunda reunião plenária de 2014 dos Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), que termina segunda-feira em Luanda.

Localizada na província de Luanda, a vila de Muxima - que em português significa "coração" - foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, passados 10 anos ali construíram uma fortaleza e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como "Mamã Muxima".

A última peregrinação anual a Muxima realizou-se entre 06 e 07 de Setembro, sem a presença da imagem.

Apesar de a "Mamã Muxima" ser considerada pelo povo como padroeira de Angola, a CEAST ainda não declarou em decreto esta aclamação.