A Associação de Pesca Artesanal, Semi-Industrial e Industrial de Luanda (APASIL) defende que o Governo deve acautelar esta questão e assegura que, se assim não for "o país terá dias difíceis por causa do período de veda do carapau".
Ao Novo Jornal, vários armadores dizem que o Governo não está a deixar alternativas com a proibição destas duas espécies muito consumidas pelas famílias angolanas.
Com a proibição da pesca da sardinha e do carapau, a situação fica mais difícil, dizem os pescadores, que, nos últimos tempos, têm pescado mais o atum e o "kimbumbu", peixes que, segundo contam, não são para os bolsos de todas as famílias.
Conforme os armadores, com esta medida, os pescadores artesanais e semi-industriais estão sem alternativas.
A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmem do Sacramento Neto, disse que a proibição destas espécies ocorre em todos os países, para reprodução, e que, em Angola, o período é este.
Para a APASIL, é necessário que o Governo olhe para as empresas e cooperativas de armadores que estão a ser muito afectadas pela medida, avisando que se governo não compensar, o preço do peixe vai subir.
A taxa autorizada para a captura de pescado para este ano é de cerca de 400 mil toneladas para o segmento da pesca industrial e semi-industrial.
Segundo as autoridades, a veda do carapau começa a 1 de Julho e estende-se até ao dia 31 de Agosto, tempo necessário para a desova e reprodução plena do peixe.