O surto de malária e o de outras doenças febris que abarrotam os hospitais públicos nos últimos meses dispararam a taxa de mortalidade em Luanda. Na capital, de Março a Maio, realizou-se um total de 10.169 funerais em Camama, Benfica e Mulemba, esse último vulgo "Cemitério do 14", numa média de 113 funerais por dia. A esses números, que foram fornecidos ao Novo Jornal pelo Departamento de Cemitérios, Morgues e Velórios do Governo da Província de Luanda, adicionam-se outros mais de três mil registados no mesmo período no Cemitério Municipal de Viana. Tudo isso compilado resulta em mais de 13 mil enterros só entre Março e Maio, com uma média diária superior a 140 funerais, mesmo sem incluir os cemitérios do Alto das Cruzes e da Santa Ana.
"Isso está um inferno", exclama, por isso, um funcionário do Cemitério Municipal de Viana ao ser questionado sobre o movimento nos últimos meses. A fonte, que se recusou a ser identificada, desabafa que aquele cemitério tem registado um aumento no fluxo de funerais, num "preocupante" relatório em que se destacam crianças com menos de 10 anos.
Segundo apurou o Novo Jornal de uma fonte administrativa do referido cemitério, na maior parte dos funerais, entre as causas de mortes constatadas no Certificado de Saúde, despontam a malária e outras doenças de síndromes febris.
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