"O Conselho Superior da Magistratura Judicial fez chegar um documento na sexta-feira em que considera os pontos constantes no caderno reivindicativo como legítimos. Por isso, suspendemos a greve para ouvirmos o que vão dizer hoje", disse à Rádio Nacional de Angola o secretário-geral do SOJA, Joaquim de Brito Teixeira.

Segundo o sindicalista, dos nove pontos constantes no caderno reivindicativo, nenhum deles foi atendido, com excepção dos passes de identificação.

Entretanto, o secretário executivo interino do Conselho Superior da Magistratura Judicial, Pedro Chiliquesso, disse que o SOJA deixou de ter legitimidade de representar os funcionários dos tribunais a partir do momento em que os Tribunais deixaram de ter dependência do Ministério da Justiça e Direitos Humanos.

"A entidade que convoca a propalada greve dos Oficiais de Justiça não tem legitimidade. Porque os tribunais deixaram de ter dependência do Ministério da Justiça e Direitos Humanos", acrescentou.

O SOJA anunciou sexta-feira, 03, uma greve nacional em protesto contra as condições precárias nos tribunais, falta de transporte, de seguro de saúde e pela revisão do estatuto remuneratório.

A greve deveria abranger todos os tribunais de primeira instância das 19 províncias judiciais angolanas.

Os funcionários reclamam ainda a falta de material de consumo corrente e meios de deslocação quando se precisa ir notificar alguém.

O caderno reivindicativo do SOJA deu entrada no CSMJ em 15 de Abril passado e nele consta também a necessidade da "implementação urgente" de um seguro de saúde para a garantia da assistência médica e medicamentosa aos oficias de justiça.