A Polícia Nacional dispersou os manifestantes que estavam em frente à sede do Governo Provincial do Uíge, com tiros e gás lacrimogénio, e deteve vários cidadãos. Há relatos de vários desmaios durante a dispersão.
Segundo os populares, o governo proibiu, sobretudo, a circulação das carrinhas de caixa aberta e as motos de três rodas que habitualmente transportam os camponeses e os produtos de e para as lavras.
O Governo salienta que esta medida visa reduzir o elevado número de acidentes e de mortes, principalmente na via Uíge-Kitexe, mas camponeses argumentam com a falta de alternativas.
Ao Novo Jornal, vários populares contam que "a cidade do Uíge está neste momento num caos", e que houve vários disparos efectuados pela Polícia, para além de se registarem vários desmaios nas ruas.
Conforme os populares, a polícia começou a impedir os automobilistas e passageiros a partir das 05:00, e, aos que não cumprirem a medida, sobretudo as motorizadas, passam multas no valor de 40 a 30 mil kwanzas, o que consideram agora ser já "negócio de alguns agentes".
Os camponeses falam em dificuldades para ise deslocarem até às lavras, uma situação, que, segundo contam, afecta directamente as famílias.
Sobre o assunto, o Novo Jornal tentou ouvir o GPU, assim como a Polícia Nacional, para os devidos esclarecimentos, mas sem sucesso, pelo que irá continuar a tentar para obtenção de uma reacção das autoridades.