Este apelo de Marc Ndambo surge depois de cerca de dois meses sem evidências de actividade das milícias Kamwina Nsapu, que, durante cerca de um ano, entre Julho de 2016 e Julho deste ano, provocaram centenas de mortos e mais de 1,3 milhões de deslocados nos Ksaai e Kasai Central.
Dos deslocados provocados pela vaga de violência das milícias Kamwina Nsapu, denominação do chefe tribal local, pelo menos 35 mil procuraram, e encontraram, refúgio na Lunda Norte, estando actualmente, pelo menso metade destes, num centro de acolhimento no Lóvua, para onde foram transferidos de outros dois centros que não apresentavam as condições mínimas.
Pensa-se que actualmente já alguns milhares terão regressado devido à acalmia da situação, permanecendo ainda entre 16 e 18 mil em Angola.
São estes que o administrador do Kasai quer agora ver voltarem às suas casas, garantindo, em declarações à emissora das Nações Unidas na RDC, Radio Okapi, que a "paz está instalada na maioria das localidades da província".
Marc Ndambo avisa mesmo que existe alguma urgência no regresso das famílias por forma a que as crianças possam retomar o seu lugar nas escolas e também na preparação das eleições gerais que deverão ter lugar ainda segunda este ano, como a oposição exige.
Mas o governador aponta ainda outra razão: a retoma das actividades agrícolas normais, importantes para a economia da região.