A fome e a pobreza são dois dos maiores problemas sociais que o País atravessa. Nos últimos tempos, é notável o aumento de homens, mulheres e crianças que todos os dias estendem as mãos a pedir esmolas ou de pessoas que vasculham contentores de lixo à procura de algo para sobreviver. A situação é visível a olho nu, mas também documentada por relatórios de diversas organizações internacionais, que apontam que a fome e a pobreza no País têm vindo a agudizar-se.

Por exemplo, o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, no acrónimo em inglês), duas das maiores agências humanitárias do mundo, colocam Angola entre os 20 países considerados «foco da fome», onde milhares de pessoas continuam a enfrentar grave falta de alimentos. As duas organizações das Nações Unidas destacam que, no caso de Angola, a seca, a recessão económica e os altos preços dos alimentos são os principais causadores do aumento de insegurança alimentar aguda, que já atinge milhares de pessoas, principalmente no Sul do País, que vive a maior seca dos últimos anos.

Aliás, o recente relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI) de 2022, da FAO, alerta que a prevalência de insegurança alimentar severa na população cresceu de 26,9%, em 2021, para 30,4%, em 2022.

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