Filomena Soares já não é secretária-geral adjunta da UNTA-CS, tendo sido, recentemente, afastada do cargo por divergências "insanáveis" com Joaquim Laurindo, que, segundo fontes convergentes, se terá oposto ao aumento do salário mínimo nacional, à luz da grave crise económico-financeira que se reflecte no baixo poder de compras dos trabalhadores.
A exoneração da segunda figura da UNTA-CS, que terá sido feita à margem dos estatutos dessa central sindical, está no centro de uma polémica sobre se o SG está investido de competências para afastar a sua adjunta, já que ela chegou ao cargo por via eleitoral, dito de outro modo, eleita pelo Conselho Confederal Sindical, um órgão colegial que junta vários sindicatos de âmbito provincial e nacional.
As fontes deste jornal, que falaram sob anonimato, por razões óbvias, consideram a atitude de Joaquim Laurindo "ilegal e arrogante" e que "atropela gravemente os estatutos que regem a UNTA".
Sustentam os seus argumentos no facto de Filomena Soares ter sido eleita por um período de cinco anos e que a sua remoção do cargo só poderia ocorrer "por decisão do órgão colegial e não por motivações pessoais".
Conforme os estatutos, o "SG-adjunto é eleito pelo Conselho Confederal, sob proposta do secretário-geral". Reza o documento, no seu artigo 32.º, alínea (i), que cabe ao SG "nomear e exonerar os funcionários da organização", mas não especifica os cargos cujo provimento foi feito por via das eleições.
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