Este expediente foi denunciado à imprensa namibiana pelos taxistas da cidade que, devido à escassez de combustível na região, são obrigados a adquiri-lo aos que se dedicam a fazer atravessar ilegalmente o gasóleo e a gasolina pelam fronteira com Angola durante a noite.

Atentos a esta ilegalidade, a polícia namibiana tem estado no encalce dos traficantes de combustível mas, segundo o The Namibian, o seu empenho não é posto ao serviço da lei, é apenas em proveito próprio porque usam o combustível confiscado nas suas viaturas.

A denúncia foi feita por um dirigente político da região de Ohangwena, Hidipo Hamata, que contou aos jornalistas do jornal namibiano que ele próprio foi avisado por telefone que um agente da polícia estava a meter na sua viatura combustível que tinha acabado de confiscar.

Contactado pelo jornal, o porta-voz da polícia namibiana na região, garantiu que não foi feita qualquer denúncia sobre o alegado uso de combustível confiscado pelos agentes nos seus carros.

As principais vítimas deste "negócio" são os taxistas mas, segundo os relatos, estes não fazem a denúncia à polícia porque é da própria polícia que são vítimas e porque se trata de gasolina e gasóleo que entram ilegalmente no país oriundos de Angola.

O responsável pela comunicação da polícia namibiana confirma, no entanto, que existe contrabando de combustível a partir de Angola, mas garante que todo o que é apreendido é mantido como prova na esquadra mais próxima das apreensões.