As declarações foram feitas nesta terça-feira, no programa Grande Entrevista da Televisão Pública de Angola, pelo director da instituição, Paulo Kaless.

Na ocasião, Paulo Kaless realçou que "o INAC vai continuar a trabalhar para proteger os direitos das crianças", acrescentando que a sua direcção defende esta penalidade para desencorajar este tipo de prática no País.

De Janeiro até Agosto o INAC registou mais de 700 ocorrências de abuso sexual contra crianças, um nu"mero que na~o inclui os muitos casos de viole^ncia sexual que nunca sa~o denunciados. A maior parte destes crimes foi praticado por familiares, como pais, padrastos e tios, e também por pastores, professores e profissionais de saúde.

Em caso de violência contra criança, a direcção do INAC apela à população que denuncie o crime, ligando para o 15015 ou ainda no site portal da criança.Gov.ao.

De referir que a primeira-dama, Ana Dias Lourenço, prometeu empenhar-se, pessoalmente, no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, depois de ouvir vários relatos sobre práticas de abuso sexual contra menores.

"Que não se ponha na rua mais nenhum abusador. Nós não podemos permitir isto na nossa sociedade. Nós não podemos permitir isso em Angola", declarou Ana Dias Lourenço durante a conferência "A Educação para a Igualdade de Género e a Luta contra a Violência Infanto-Juvenil", que aconteceu em Luanda a 9 deste mês.