A filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, mandou, através dos seus advogados, uma mensagem à agência Lusa, depois de as autoridades angolanas dizerem que se tinha negado a apresentar a sua versão dos factos de que é acusada.
Segundo a Lusa, os advogados da empresária afirmam que é falsa a afirmação do Procurador-Geral Adjunto da República de Angola, Pedro Mendes de Carvalho, de que a empresária Isabel dos Santos foi notificada para ser ouvida, mas que preferiu não responder às questões.
"A Eng.ª Isabel dos Santos, que vive fora de Angola há vários anos (desde 2017), não foi notificada pela PGR de Angola para ser ouvida e jamais se recusou a prestar declarações à Justiça ou a colaborar para a descoberta da verdade dos factos e sua reposição", escreveram à lusa os advogados da empresária, sem se identificarem.
Os mesmos advogados garantem que a 22 de janeiro de 2024, Isabel dos Santos apresentou respostas e esclarecimentos à acusação relativa à sua gestão na Sonangol (com data de 11 de Janeiro de 2024) no prazo estabelecido por lei de dez dias, na sequência da notificação recebida pelos seus advogados em 12 de Janeiro deste ano.
A Lusa escreve que os advogados informam igualmente que Isabel dos Santos solicitou a instrução contraditória do processo, que deu entrada no tribunal em 22 de Janeiro.
O caso que envolve a gestão de Isabel doos Santos na Sonangol pode começar a ser julgado em Março.