As autoridades angolanas asseguram que têm o controlo de 11 nacionais naquele território, onde Angola não tem uma representação diplomática, e que estão a fazer o levantamento de outros, mas nada dizem sobre um possível repatriamento dos seus cidadãos.
A situação de Fernanda Souza, de 39 anos, residente em Luanda, no bairro do Alvalade e casada com um libanês há 12 anos, contou ao Novo Jornal que o conflito entre Israel e o Líbano a apanhou de surpresa e agora quer regressar a casa mas não tem meios.
Fernanda Souza conta que se deslocou ao Líbano em tratamento médico com o seu marido, há um mês, mas como foram em voos separados, o seu marido acabou por voltar primeiro, e que a cidade onde se encontra acabou por ser bombardeada por Israel, aumentando o seu desespero.
Depois de a localidade onde se encontrava, Kafra (na foto), no sul do país, ter sido bombardeada, Fernanda resolveu, para se proteger, viajar para a capital, Beirute, que também está sob ataque israelita.
"Não consigo dormir! Não durmo há dias por medo porque nunca sabemos qual é o sítio em que vão atacar", lamentou.
Entretanto, conta que recebeu, por duas ocasiões, ligações da embaixada de Angola no Egipto, na semana passada mas que apenas lhe pediram para se manter informada dos voos partem daquele país.
"Já informei a embaixada de que não há voos a saírem daqui. O único voo que tem saído é do Brasil, que tem vindo resgatar os seus cidadãos", contou.
Sobre o assunto, o Novo Jornal contactou o Ministério das Relações Exteriores (MIREX), mas não obteve qualquer esclarecimento.