Outrora considerada símbolo de modernidade e progresso, a Centralidade do Kilamba deixou de ser a "jóia" cobiçada por quem almejava o sonho da casa própria, principalmente os mais jovens.

O ambicioso projecto, inaugurado a 11 de Julho de 2011, concebido para albergar mais de 25 mil pessoas, não tardou a revelar falhas estruturais e sociais que, com o passar dos anos, se agravaram, transformando o sonho da casa própria em pesadelo para muitos. A falta de saneamento básico, serviços de saúde públicos, degradação acentuada dos apartamentos que já apresentam fissuras e solturas do mosaico, sem deixar de parte a vaga de vandalismo e assaltos à mão armada, são alguns dos exemplos que fizeram que muitos perdessem o interesse de viver na tão propalada cidade, que prometia conforto e bem-estar dos moradores.

Mesmo os que conseguiram moradias naquela que é a primeira e maior urbanização do País preferem arrendar para terceiros, por conta dos inúmeros desafios, como constatou o NJ.

As "makas" no complexo habitacional, segundo moradores, são do conhecimento das autoridades locais e centrais que "quase nada fazem para reverter o quadro" que, com o passar dos anos, "só piora", colocando em xeque a qualidade de vida das mais de 25 mil famílias residentes nos mais de 20 mil apartamentos, distribuídos em 710 edifícios.

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