A Procuradoria-Geral da República e a Inspecção-Geral da Administração do Estado são chamadas a intervir num diferendo entre a direcção da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (UAN) e 1.407 estudantes acusados de não terem pago as propinas nas contas daquela instituição, causando um prejuízo de 80 milhões Kz.

Segundo os estudantes que procuraram pelo Novo Jornal e que, por temerem represálias e retaliações, preferiram falar sob anonimato, a situação foi tornada pública apenas após a divulgação de uma lista com os nomes dos que devem regularizar as contas, devido ao pagamento de propinas supostamente feitos de forma ilegal.

"Devido às burocracias e demoras impostas pela instituição para o pagamento dos emolumentos, muitos estudantes eram obrigados a faltar no serviço, outros perdiam as provas, por não conseguirem pagar a tempo os emolumentos".

Muitos dos universitários mencionados na lista, acrescentam os visados, são do período pós-laboral (nocturno), que não podiam faltar dois ou três dias no serviço para fazer um pagamento simples. Outros vinham de pólos distantes, como o Campus Universitário ou o Kikuxi, encerrado recentemente por ordem da PGR.

"E por não termos outra forma de fazer o pagamento, a não ser irmos à Marginal, tivemos de pedir ajuda a terceiros que podiam fazer esses pagamentos por nós, poupando o nosso tempo e desgaste".

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