Face à ocorrência, a RNT apela aos órgãos de defesa e segurança que exerçam maior intervenção nestes troços, assegurando que estão em causa a vida das populações e os activos que garantem energia eléctrica em diversas comunidades do País.
Em comunicado, a Rede Nacional de Transporte de Electricidade diz que entre os dias 23 a 25 deste mês, uma equipa de manutenção afecta à direcção de exploração regional-Luanda, no âmbito da sua normal actividade de limpeza na linha Cambambe-Catete 1, na zona adjacente ao posto de controlo do Botomona, próximo de Calomboloca, no Icolo e Bengo, verificou a existência de quatro minas, sendo que uma delas acabou por explodir, felizmente sem quaisquer danos humanos.
Segundo a RNT, na sequência, comunicou aos órgãos de defesa e segurança, sendo que estes procederam à remoção das minas junto às torres que transportam electricidades de Cambambe-Catete/Luanda.
Conforme a RNT, numa outra frente de trabalho, isto na localidade de Catete, sentido Viana, foram detectadas mais três minas, sendo que estas ainda não foram removidas.
Fase a esse cenário, a Rede Nacional de Transporte de Electricidade apela aos órgãos de defesa e segurança "a fim de exercerem maior intervenção no troço, pois estão em causa a segurança pública, a vida das populações e a contínua preservação dos bens e activos públicos que garantem o transporte de electricidade as diversas comunidades do País".
Entretanto, a RNT avisa, igualmente, os "malfeitores" praticantes de actos de vandalismo dos bens públicos, para evitarem tais acções, sendo que podem ser eles as vítimas de engenhos explosivos colocados nesses troços, que provavelmente ainda continua minado.
Importa referir que durante o conflito armado, que durou mais de 30 anos no País, as tropas frequentemente minavam algumas infra-estruturas estratégicas, como postes de electricidade, por razões estratégicas. Apesar do fim da guerra, muito destes locais continuaram minados.
Segundo a Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM), Angola tem ainda 1.069 áreas para desminar até 2025, correspondentes a 66.488.299 metros quadrados.
A ANAM admite a possibilidade da existência de mais áreas minadas, mas refere que ainda não foram identificadas, e por isso não estão inseridas na base de dados nacional de Acção contra Minas, tendo em conta o conflito armado em Angola que envolveu várias forças que "plantaram" minas de forma atípica e de difícil localização.