O anúncio do regresso à lotação a 100% dos transportes colectivos urbanos, interurbanos e interprovinciais foi feito na sexta-feira pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, e é noticiado hoje pelo Jornal de Angola.

Segundo Francisco Furtado, os transportes podem circular com a capacidade máxima de ocupação, desde que exijam aos passageiros o cumprimento das medidas de biossegurança, nomeadamente o uso da máscara facial e a apresentação do certificado de vacinação.

No entanto, os taxistas já fizeram saber que vão manter a greve, pois só um dos pontos das suas reivindicações foi atendido, de forma verbal.

Num comunicado divulgado na página do Facebook da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), as três associações que convocaram a greve (ANATA, Associação dos Taxistas de Angola Associação dos Taxistas de Luanda), exigem mais garantias para desmobilizar o protesto.

Entre as restantes reivindicações constam o desrespeito e excesso de zelo dos agentes policiais contra os taxistas na via pública; não materialização da profissionalização da actividade; proibição de acesso dos táxis "azul-branco" (transportes colectivos) em algumas artérias da província de Luanda; mau estado das vias; responsabilização dos motorista por uso incorrecto de máscaras por parte dos passageiros; falta de respeito e consideração de alguns governantes contra os líderes das associações de taxistas.

Por isso, os líderes das associações de taxistas mantêm a paralisação até se materializar, por despacho de órgão competente, o anúncio feito por Francisco Furtado à imprensa, e terem resposta aos pontos restantes.