Antes de entrar na campanha eleitoral que o consagrou como terceiro Presidente da República de Angola, João Lourenço homenageou a "herança da paz" deixada por José Eduardo dos Santos.
Ainda na pele de ministro da Defesa, num discurso perante os antigos combatentes e veteranos da Pátria, o Presidente da República eleito lembrou a que se deve o epíteto de "Arquitecto da Paz".
Segundo João Lourenço, foi "graças ao espírito magnânimo e humanista" do seu antecessor que o país superou a guerra e empreendeu "a complexa missão de garante do funcionamento das instituições do Estado democrático de Direito, premissa fundamental para o progresso de Angola".
"Se os angolanos hoje convivem em plena harmonia, reconciliados uns com os outros, se temos o país ligado por terra e em plena reconstrução das suas infra-estruturas, se gradualmente se está a investir na construção de mais estabelecimentos escolares, universidades, unidades hospitalares, centros de produção e redes de distribuição de água potável e energia, se conseguimos cultivar os campos e deles retirar cada vez mais alimentos para o nosso consumo e para a exportação, tudo isso deve-se ao bem mais precioso, que é a paz e a reconciliação entre nós", reforçou o também vice-presidente do MPLA.
Para João Lourenço, ao longo da sua vida militante José Eduardo dos Santos evidenciou qualidades como "humildade, sagacidade, coragem e entrega invulgar", afirmando-se como "um grande estadista", embora" muitas vezes injustiçado".