Num recente programa sobre o trajecto de vida de Elon Musk, desde a sua cidade natal na África do Sul, Pretória, aos palcos 2.0 mundiais, o seu pai, Errol MUsk, avisava que o melhor era acreditar no que o seu filho dizia, porque "ele nunca falha".

Se o filho, o pai e o espírito que marca estes tempos, os da criação artificial de tudo, estiverem certos, a espécie humana só não estará em risco como, provavelmente, estará condenada.

Isto, porque dificilmente os super-egos humanos, como o de Elon Musk, viverão lado a lado com os seres superiores que vão estar dentro de computadores que existirão dentro de dois anos mas que hoje são ainda mera ficção científica.

O CEO da Tesla e co-proprietário da SpaceX disse, numa entrevista com diversos interlocutores, citado pelos media internacionais, que "se se quiser definir a Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês) como mais inteligente que o humano mais inteligente, então isso será realidade, provavelmente, já no próximo ano ou, mais tardar, daqui a dois anos".

O também co-fundador da OpenAI em 2015, empresa de pesquisa em AI com sede nos EUA, e que lançou o ChatGPT, o primeiro software de uso comercial generalizado nesta área com quem se incompatibilizou, fundando em 2023 a xAI, admitiu que as suas previsões para até 2026 já poderiam estar ultrapassadas se não tivesse sido confrontado com um problema de escassez de chips para o seu Grok 2, o mais novo chatbox gerador de AI.

Este tipo de programa, o Grok 2, para ser "ensinado" exige para "correr" 20 mil Nvidia H100, o processador mais potente do mercado, o que é uma monstruosidade inatingível para o comum dos mortais, e o seu próximo passo, o Grok 3, vai precisar de 100 mil Nvidia H100 para "treino".

Com este consumo estratosférico de energia exigido para mostrar tanta inteligência, se calhar, para se proteger da ameaça que há décadas os escritores de ficção científica ensaiam como tema, e onde as máquinas tomam conta do mundo, escravizando a espécie humana, vai ser preciso... desligar a ficha da tomada.