O grupo inaugurou esta semana em Bom Jesus, arredores de Luanda, o seu centro de formação para elevar as competências dos funcionários.

Composto por duas salas de formação prática e três para a formação teórica, o centro vai capacitar um total de seis mil trabalhadores das 13 empresas do grupo. O curso, que já está a ser ministrado de forma cíclica desde Outubro do ano passado, comporta as áreas de mecânica, soldadura, hidráulica, pneumática, electrotécnica, electricidade, instrumentação e automação.

A formação contínua tem uma periodicidade semestral e conta com professores portugueses da academia ATEC, com a qual o grupo Castel estabeleceu um protocolo de formação. O administrador executivo do grupo, Manuel Sumbula, explicou que a criação do centro é a "prova" de que o grupo Castel veio para ficar.

"Criámos as nossas próprias raízes, a árvore cresceu e neste momento, estamos a beneficiar dos seus frutos. Este centro é um marco na indústria", disse o gestor, que espera que o mesmo exemplo seja seguido por outras empresas do sector.

"Os professores são portugueses que ficarão aqui durante a formação que tem a duração de seis meses. Estamos a formar os nossos trabalhadores da Cuca, Vidrul, Nocal, Coca-Cola e Eka. Todas as empresas do grupo enviaram funcionários para esta formação, incluindo as províncias em que estamos representados, como Huambo, Huíla, Benguela, Cabinda e Kwanza- Norte", elucidou o responsável, acrescentando que dois grupos de funcionários já beneficiaram da formação.

"Os trabalhadores estão a ser formados desde as áreas de electricidade, mecânica e até na área comportamental. Já formámos dois grupos, estamos já no terceiro. Hoje estamos a realizar o acto oficial de inauguração do centro", explicou o responsável. Cerca de um milhão de dólares é o valor investido na construção deste centro, que conta igualmente com uma vila residencial para albergar formadores e formandos durante o curso, segundo deu a conhecer Manuel Sumbula.

"Os custos vão desde a construção do centro e a aquisição dos equipamentos que vieram da Europa. Estamos a falar à volta de um milhão de dólares, sem esquecermos a vila para os professores e os alunos que mereceu um apetrechamento e melhores condições para que os nossos formandos saiam daqui com um nível técnico avançado", augurou. O centro foi inaugurado pelo secretário de estado da Indústria, Kiala Gabriel, em representação da ministra da Indústria.

No seu discurso inaugural, o governante afirmou que o sector da indústria está "orgulhoso" por ter o grupo Castel em Angola. Lembrou que o grupo Castel foi a segunda instituição contratada pelo Estado em 1994, numa altura que o país procurava investidores.

"O senhor Castel foi uma das primeiras pessoas que aceitou o desafio de investir em Angola. Trata-se de uma pessoa que anda muito porque tem muitos empreendimentos ao nível do mundo. Ele toma o pequeno-almoço num país, almoça noutro e janta também noutro país. Mas conseguimos trazê-lo para cá e os resultados estão à vista de todos", enfatizou o governante.

Para Kiala Gabriel, a "missão", "visão" e os "objectivos" do centro de formação do grupo Castel "enquadram-se perfeitamente" na estratégia do Executivo angolano plasmada no desenvolvimento sustentável a longo prazo, bem como no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) para 2013 a 2017.

Por fim, explicou que o Ministério da Indústria encontra-se na fase final da sua estratégia de formação de recursos humanos especializados para o suporte da industrialização. "Importa aqui salientar que o PND 2013/2017 preconiza a política de promoção, o crescimento económico, o aumento do emprego, a diversificação da economia e a valorização dos recursos humanos", disse o dirigente para quem, a criação do centro de formação do grupo Castel representa um ganho no sector da indústria.