A historiadora Rosa Cruz e Silva explica, em declarações ao Novo Jornal, que o que terá acontecido com a deturpação da imagem de Mandume Ya Ndemufayo é o que chama de "incontingências nas pesquisas". Sucede que, no período colonial, uma investigadora portuguesa, que pesquisava sobre a vida do rei Mandume, não teve acesso à imagem verdadeira do soberano, porque a família, depois das informações, não terá cedido a foto, uma vez que "na altura não estava interessada em fornecer informações reais". Pelo relato que essa investigadora ouviu da família, concluiu em criar a imagem corpulenta, altamente propalada, de Mandume.
Cruz e Silva, que também foi ministra da Cultura, informa que aquela historiadora não sabia se existiam tais fotografias nos arquivos da África do Sul, Namíbia e Inglaterra.
À margem de uma palestra em alusão ao 106.º aniversário da morte do rei Mandume Ya Ndemufayo, decorrida no Arquivo Nacional de Angola, a antiga ministra apelou à necessidade de se insistir em realizar mais palestras, para se dissiparem dúvidas sobre a imagem de Mandume.
"No início da década de 2000, publicámos as imagens, fizemos pósteres, mas ninguém ligou". A historiadora refere, entretanto, que esse trabalho vai continuar até as pessoas se convencerem de que a imagem é a verdadeira.
Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, pagável no Multicaixa. Siga o link: https://leitor.novavaga.co.ao/