Começa-se com o batimento de pernas, um, dois, um, dois. A seguir, introduz-se o giro, que o cavalheiro executa colocando a mão direita sobre a região lombar da dama e a mão esquerda, levantada até ao nível da cabeça, segurando na mão direita da parceira. Depois dessa fase, que pode ser assimilada logo no primeiro dia de aulas, segue-se o retrocesso, o passo que consiste em traçar, no chão, uma espécie de ângulo de 45 graus.

Com os passos acima descritos, quando combinados e executados sincronizadamente, respeitando o ritmo da música, é possível desenhar uma espécie de cruz no chão e, por norma, há professores que até consideram, nesta etapa, estar diante de um aluno que já tem a base para dançar semba e/ou kizomba. Contudo, para uma subida de nível, o recomendável mesmo é frequentar aulas regulares, ao domicílio ou numa das milhares de escolas espalhadas um pouco por todo o mundo, sendo que, em Luanda, há ofertas para todos os estratos sociais.

Na Maianga, por exemplo, um militar reformado criou, em 2019, a Escola de Dança Papoetão, que é bastante frequentada por trabalhadores de diversos segmentos, da banca à Educação, sem esquecer as finanças ou a Defesa e a Segurança. Foi aqui, numa noite de segunda-feira, que o Novo Jornal "flagrou", entre outros alunos, o banqueiro Bráulio Gilberto e o capitão-de-mar-e-guerra Adriano Rodrino. O primeiro, de 35 anos, está na escola há cerca de três meses e, como vive na zona Sul, mas trabalha no Centro de Luanda, viu nas aulas de semba e kizomba uma forma de se esquivar do "trânsito caótico" a seguir ao horário de expediente.

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