Estávamos em pleno «pico» da pandemia, com as salas de cinema ainda encerradas. A Geração 80, produtora de audiovisual galardoada com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, sentiu-se então na obrigação de romper com aquele status quo, permitindo, por um lado, que as pessoas tivessem acesso a filmes, focando-se, por outro, na oferta de produções nacionais e africanas, em dias alternados.

Cine Geração foi o nome escolhido e, desde então, nunca mais se parou. Todas as quintas, a partir das 19h00, são exibidos filmes de criadores angolanos e do resto do continente. Dependendo da «extensão» ou duração das películas, há quintas em que são exibidos mais de um filme. Por exemplo, em Fevereiro, o projecto focou-se em mostrar longas-metragens nacionais de ficção, pelo que só se exibiu um filme por dia.

Já em Março, no âmbito de uma curadoria com Renata Torres, que seleccionou não apenas longas-metragens como também algumas «curtas», chegou-se a exibir, num único dia, três a quatro produções angolanas, de filmes a séries, sem esquecer um ou outro documentário.

"A gente exibe de tudo um pouco que está a ser produzido no mercado nacional", explica Mirina Wanda, a curadora do Cine Geração, a quem cabe, entre outros aspectos, a missão de seleccionar os conteúdos exibidos no projecto, mediante argumentação própria.

Actualmente, no mês que se presta a terminar, a iniciativa está a promover a exibição de várias curtas-metragens, numa espécie de «convergência» com o que Luanda viveu recentemente, com a realização do Festival Internacional de Cinema de Curta-Metragem (FESC-KIANDA).

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