No passado dia 29 de Julho, apresentou a Angola, em particular, e ao mundo, em geral, a Fundação Bruno Fernando (FBF). O que esse gesto filantrópico significa para si?

A FBF tem um enorme significado para mim, porque sempre, desde pequeno, tive como objectivo crescer e posicionar-me da melhor maneira possível, para que pudesse, de alguma forma, ter um maior impacto na sociedade. E, obviamente, que proporcionar ajuda e oportunidade aos mais necessitados é a melhor maneira de contribuir para o desenvolvimento do nosso País.

Quando e como nasce a ideia da criação da Fundação Bruno Fernando?

A ideia de criação de uma fundação nasceu muito antes do meu ingresso na NBA. Enquanto jovem, sempre tive como objectivo ajudar os mais necessitados e, de tal modo, mantiveram-se sempre os pensamentos de um dia poder ter uma fundação que trabalhe neste mesmo sentido.

Porquê uma fundação e não outro projecto?

Porque gosto de sonhar e realizar os mesmos sonhos. A fundação é algo com que sempre sonhei e achei que me daria uma maior e melhor oportunidade de poder ter um impacto positivo e que vai muito além do desporto.

Qual é o valor investido para o processo de criação da sua fundação?

No comments.

Em que sector pretende trabalhar com a fundação?

Nós, como fundação, pretendemos trabalhar no sector da Educação, Saúde e Desporto, mas com o objectivo de, eventualmente, poder ter uma margem maior e abranger outros e diversos sectores.

Que parceiros vão trabalhar com a fundação?

Até ao momento, já conseguimos parcerias com certas empresas que abraçam também causas do género e que nos poderão dar o maior suporte possível.

Que apoios irão receber destes parceiros?

Os nossos parceiros poderão contribuir para o nosso projecto de qualquer forma que nos ajude a crescer e a cumprir com os nossos objectivos. Sejam eles apoios financeiros, estratégicos, oferta de produtos (donativos) ou qualquer outra forma de contribuição que for necessária.

Dois anos após a entrada na maior liga profissional de basquetebol do mundo, a NBA, que avaliação faz à sua carreira?

Estou exactamente onde devia estar na minha carreira, sem pressa ou pressão. Estou hoje melhor do que estive ontem como atleta.

Na sua equipa, Atlanta Hawks, nas últimas duas épocas, período em que está integrado no plantel, é o atleta menos utilizado. Como lida com essa situação?

Lido da melhor forma possível. Conheço e entendo a liga e sei que momentos como esse existem na carreira de um atleta. Motivo-me a continuar a trabalhar arduamente porque acredito que os melhores dias ou momentos hão-de chegar.
De 0 a 10, que nota dá às suas duas primeiras épocas na NBA. Porquê?

Não dou um número específico, porque reconheço que ainda há muito trabalho pela [frente] e uma estrada extremamente longe para caminhar.

Chegou aos EUA em 2014, vindo do 1.º de Agosto. Como foi o processo de integração no basquetebol norte-americano? Quais foram as principais dificuldades?

O processo de integração foi fácil e normal, graças a Deus. Tive a oportunidade de cá estar enquanto criança (high school), então, isso tornou a minha experiência muito mais fácil. A principal dificuldade [naquela altura] era a língua, porque, às vezes, não percebia os termos de basquetebol cá utilizados.

Sendo o 1.º de Agosto a sua escola, o que de basquetebol lhe sobrou desse grande clube?

Muito amor, respeito e consideração.

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