"Família tricolor, foram 5.490 dias, dormi e acordei pensando no Petro. Foram dias de pura paixão, de alegria e de choros. Deixo de ser jogador e capitão, também deixo os relvados, mas permanecerei nesta casa que se chama Petro", disse o jogador em lágrimas, em declarações à "TV" que o clube mantém na internet.

As declarações de Ricardo Estevão "Job" surpreenderam os amantes do futebol, em particular os adeptos do Petro de Luanda, que reagiram, uns com nostalgia e outros com desagrado.

Nas redes sociais vários são os adeptos que criticam a forma como o craque tricolor pôs fim à carreia futebolística.

"A sua retirada do futebol tinha de ser no jogo da consagração, na Huíla, no dia 12, na final da Taça de Angola", descreveu o adepto Augusto José.

Macumba Santos Simão, outro adepto do Petro, escreveu na página do clube: "Tenho a certeza que o Job foi forçado a pôr fim a sua carreira, até diria mesmo que foi chantageado. Ou deixas de jogar para beneficiar de uma das vagas aqui no clube ou então será dispensado e nunca terá hipótese de pertencer nos quadros do clube".

Andrá Kivuandinga afirmou que reconhece o valor de Job e a sua mestria, mas é de opinião que Job ainda tinha muito ainda a dar em campo.

"Permitam-nos despedirmo-nos do nosso capitão com dignidade, não desta forma, pelo Facebook, nos bons e maus momentos ele esteve connosco" escreveu José Riso, também adepto do futebol.

Por outro lado, vários são os adeptos do Petro de Luanda que agradecem ao atleta pelos feitos e lhe desejam sucesso nos futuros desafios.

"Obrigado Job por seres o "puto maravilha", serás sempre o menino de ouro da nação tricolor", escreveram milhares de adeptos.

Por sua vez, o Petro de Luanda aproveita a ocasião para expressar gratidão e carinho a Ricardo Job Estêvão que em 15 anos defendeu as cores dos petrolíferos.

Ricardo Job Estêvão, mais conhecido por "Job "conquistou ao serviço do Petro, nove títulos, dos quais três campeonatos nacionais, cinco Taças de Angola e uma Supertaça.

Natural do Moxico, o jogador, formado no Atlético Sport Aviação (ASA), chegou ao Petro de Luanda pelas mãos do técnico, português, Bernardino Pedroto, com quem foi campeão.