Através de uma nota divulgada online, e publicada como um direito de resposta à notícia publicada no Novo Jornal, na sua edição de 22 de Junho, o BNA confirma que "está em fase adiantada de revisão a regulamentação para o estabelecimento e funcionamento das casas de câmbio e sociedades prestadoras de serviços de pagamento", no âmbito dos esforços para "reforçar a resiliência do sistema financeiro angolano".

Segundo o comunicado, as novas regras visam, entre outros aspectos, a adequação dos fundos próprios dessas instituições e de reporte ao regulador, bem como o acesso à comercialização de moeda estrangeira.

"A revisão em questão visa igualmente reforçar a sua capacidade de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, de forma a assegurar o cumprimento cabal do estipulado no quadro legal vigente", lê-se ainda na mensagem.

O regulador esclarece, contudo, que as mudanças não incluem "a venda exclusiva de moeda estrangeira pelas casas de câmbio para efeitos de viagem".

Esta informação havia sido prestada ao Novo Jornal por fonte do banco central.

"O objectivo é deixar de alocar divisas aos bancos para viagens e dar mais dinâmica às casas de câmbio que nos últimos meses não têm tido acesso aos nossos leilões", explicou a fonte.

"Não estou a dizer que os bancos vão deixar de vender divisas para aqueles que querem viajar. Estou apenas a dizer que estas, futuramente, já não sairão dos leilões realizados pelo BNA como tem acontecido. A aposta vai ser nas casas de câmbio", continuou a mesma fonte.