"Angola deve contribuir, no mínimo, com uma rentabilidade igual à que tinha quando lá estávamos isoladamente", afirmou em conferência de imprensa o gestor, considerando que o maior benefício que os dois bancos vão ter com a fusão é o ganho de dimensão.
"A questão essencial é o aumento da quota de mercado. Esta fusão cria um banco privado de dimensão concorrente com os principais bancos" no território nacional, afirmou, sublinhando que a operação "cria condições para aumentar a rendibilidade".
De resto, nas contas hoje divulgadas, é apresentada uma subida acima dos 80%, para cerca de 33 milhões de dólares do contributo da operação angolana para os resultados do grupo BCP.
No passado dia 25 de Abril, o BCP comunicou que a fusão do Banco Millennium Angola (BMA) com o Banco Privado Atlântico (BPA) foi oficializada em escritura pública.
Com esta fusão, autorizada pelo Banco Nacional de Angola e pelo governo, nasce o novo Banco Millennium Atlântico, uma das maiores instituições bancárias do país.
A operação de fusão entre o BMA e o BPA foi anunciada pelas duas instituições a 08 de Outubro de 2015, devendo o novo banco ser cotado numa bolsa do continente no período de três anos, conforme divulgado na altura.
O BCP, que detém 51% do Banco Millennium Angola, fica com uma participação de 22,5% no novo banco.
O projecto de fusão estava a ser preparado desde Maio do ano passado, tendo sido aprovado pelos principais accionistas do BCP e do BPA.
O memorando de entendimento com o maior accionista do Banco Privado Atlântico, a Global Pactum - Gestão de Activos, foi assinado em Outubro e a fusão vai criar a segunda maior instituição privada em crédito à economia nacional, com uma quota de mercado aproximada de 10% em volume de negócios.
Segundo os números hoje avançados, o agora Banco Millennium Atlântico passa a contar com uma quota de mercado de 11% no crédito e de 9% nos depósitos nacionais.
As sinergias de custos resultantes desta fusão estão estimadas em 23 milhões de dólares por ano.