Em 2020, os vinte membros que compõem os três órgãos sociais do maior banco em activos do sistema financeiro nacional, o Banco Angolano de Investimentos (BAI), levaram para casa mais de 3,2 mil milhões de kwanzas em forma de salários, outras remunerações e custos com benefícios pós-emprego, montante 77% acima dos 1,8 mil milhões Kz entregues, em 2019, para o mesmo fim, atesta o relatório e contas do ano passado da instituição, consultado pelo Novo Jornal.

Só os 13 integrantes do Conselho de Administração (CA) do BAI encaixaram, no ano passado, no conjunto, vencimentos e outras remunerações superiores a 3,1 mil milhões de kwanzas, equivalente a 98% dos mais de 3,2 mil milhões Kz, reflectindo que em média, mensalmente, cada administrador levou para cada 17,4 milhões Kz no período analisado, o que não terá acontecido desta forma, tendo em conta que no CA dos bancos, naturalmente, uns recebem ordenados e regalias superiores a outros, explicou um banqueiro que não quis ser identificado.

Os outros dois órgãos sociais do BAI, nomeadamente a Mesa da Assembleia-Geral e o Conselho Fiscal, beneficiaram de 52,7 milhões de kwanzas como salários e outras remunerações. O primeiro ficou com três milhões Kz, à medida que o último encaixou 49,7 milhões Kz.

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