Donald Trump explicou que não foi assinado um acordo de paz, mas deixou claro que o que se segue já não é uma guerra, porque o que estava previsto era a aplicação de novas tarifas, adicionais às de 25% existentes, nos próximos dias e isso não vai acontecer, embora as que estão em vigor são para manter em cima da mesa porque as negociações arrancam agora para uma segunda fase.

Esta pormenorização de Trump, dada no Twitter, surgiu depois de Pequim ter feito saber que as duas maiores potências económicas planetárias tinham chegado a um acordo limitado e que estava tudo preparado para tornar possível resolver este imbróglio de uma vez por todas antes das eleições presidenciais nos EUA de Novembro de 2020, onde Trump vai tentar um segunda mandato.

Trump disse no Twitter que o Governo de Pequim aceitou mudanças profundas no quadro actual, o que passa por comprar mais produtos agrícolas norte-americanos, mais energia e produtos industriais e ainda criar mecanismos de controlo eficazes contra a pirataria tecnológica.

Para o inquilino da Casa Branca, "este foi um negócio incrível para todos", explicou na rede social.

Com este desenrolar dos acontecimentos, em resultado de negociações que têm sido mantidas num relativo segredo nas últimas semanas, apesar de se saber que estavam a acontecer, um primeiro sinal de alívio surgiu nos mercados do petróleo, desde logo no Brent de Londres, onde é definido o valor médio das exportações angolanas, que assim que foi conhecido este desfecho, no fecho de sexta-feira, estava a subir mais de 1,5 por cento, para os 65,22 dólares.

Esta notícia, que complementa na perfeição - na perspectiva dos países produtores de petróleo, como é disso exemplo cimeiro Angola - a que na semana passada chegou de Viena de Áustria, após a reunião dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados liderados pela Rússia (OPEP+), tem tudo para gerar um impulso de subida no valor do crude.

Isto, porque, recorde-se, a OPEP+ chegou a um entendimento para cortar 1,7 milhões de barris por dia a que acrescem 400 mil voluntários da Arábia Saudita, que encaixa no alívio gerado pela perspectiva de um fim rápido para a guerra comercial EUA-China, que tem sido, nos últimos dois anos, o maior actor de atrofiamento da economia global.