Ricardo Abreu, em conferência de imprensa na cidade da Praia, no final de uma visita de trabalho de 72 horas com o objectivo de potenciar os acordos existentes entre os dois países, sublinhou o interesse comercial da TAAG em restabelecer os voos para Cabo Verde "tirando partido" da sua localização geográfica.

Para a TAAG, segundo o ministro da tutela, em cima da mesa está a procura da melhor forma de potenciar a ilha do Sal e Luanda como "hubs" que permitam aproveitar comercialmente as rotas entre estas regiões continentais e nas ligações exteriores à Europa e às Américas.

"É nosso desejo, a nível de Angola, manter a companhia aérea de bandeira [TAAG] enquanto instrumento estratégico do país, mas esse crescimento tem de ser feito num formato mais sustentável", disse citado pela Lusa, apontando ainda para a necessidade de criação de parcerias para melhor ultrapassar os constrangimentos da crise pandémica.

No mesmo sentido falou o ministro dos Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, que apontou para breve o momento em que as duas empresas vão apresentar e dar a conhecer as complementaridades existentes e que são para implementar.

"Chegamos à conclusão que há de facto entre os dois países, entre as duas nações irmãs, espaço para uma maior intensificação nas relações, oportunidades muito interessantes que podem ser extraídas pelas empresas TACV e TAAG", disse o ministro cabo-verdiano, tamé citado pela Lusa.

"E podemos dizer que estamos a olhar seriamente para a criação de uma verdadeira parceira estratégica entre Angola e Cabo Verde, no domínio dos transportes, sejam eles aéreos, sejam eles marítimos", acrescentou.

A TAAG, recorde-se, está a ser reestruturada para que possa ser parcialmente privatizada. A empresa tem apresentado prejuizos avultados ano após ano.

Também os TACV atravessam uma fase crítica.