A comissão de liquidação é coordenada por Jerónimo João de Lara e integra ainda Felinto de Sousa Bravo Soares e Alcides Herdeiro Paulino Gumba.

O banco Nacional de Angola revogou a licença do Banco Prestígio fundamentando com a "reiterada violação de requisitos prudenciais, nomeadamente, a manutenção de fundos próprios regulamentares e rácios de fundos próprios abaixo do mínimo legal".

O BNA alega ainda para justificar a decisão uma "ineficácia na implementação das medidas de intervenção correctiva".

O BNA deu também a conhecer a indisponibilidade accionista e a "inexistência de soluções credíveis para a recapitalização do Banco Prestígio".

O BNA informou que com a decisão de revogação da licença do Banco Prestígio ficam salvaguardados os interesses dos depositantes, no âmbito do sistema de garantia de depósitos.

Foi ainda imposta pelo BNA a aplicação de medidas de intervenção correctiva ao Banco de Comércio e Indústria (BCI) por "insuficiência de fundos próprios regulamentares e o rácio de fundos próprios baixo do mínimo regulamentar.

O BCI deve apresentar ao BNA, em 30 dias, um plano de recapitalização e restruturação.

Segundo a imprensa internacional, a empresária Tchizé dos Santos, que tem ligação com o Banco Prestígio, ameaçou manifestar-se defronte da embaixada angolana em Londres se continuar a ser alvo do que considera ser uma perseguição do Presidente de Angola, João Lourenço.

A ameaça, feita através de um áudio divulgado nas redes sociais, está relacionada com a retirada, em 30 de Setembro passado, da licença de actividade bancária do Banco Prestígio, fundado pela empresária.