Um comunicado publicado na página do Banco Nacional de Angola após a reunião de avaliação dos principais fatores de risco sistémico com impacto na estabilidade financeira, considera que o sector bancário, de modo geral, apresentou níveis adequados de capital e de liquidez acima do mínimo regulamentar e, por conseguinte, adequados para fazer face aos riscos inerentes à sua actividade.
"No entanto, persiste o baixo nível de intermediação financeira, com enfoque no sector real da economia, a exposição ao risco soberano (risco de o Estado não honrar os seus compromissos), porém com tendência decrescente, bem como a concentração da actividade nas instituições financeiras bancárias de importância sistémica", assinala o CEF.
Para mitigar o risco sistémico e as vulnerabilidades do sector bancário, o CEF decidiu manter inalterados os instrumentos de política macroprudencial, ou seja, mantendo uma Reserva de Conservação (corresponde a um montante de fundos próprios capaz de acomodar perdas não antecipadas) de 2,50% para todos os bancos comerciais; uma Reserva para Bancos de Importância Sistémica Doméstica (D-SIBs), entre 1% e 2%; e a Reserva Contracíclica (usada para proteger o sector bancário nos períodos em que o risco sistémico cíclico aumenta, devido a um crescimento excessivo do crédito) em 0%.
A próxima reunião do CEF vai realizar-se em Luanda no dia 30 de Agosto.