A construção da futura infraestrutura compreende três fases que vão prolongar-se por sete anos (entre 2017 e 2024) na zona da Torre-do-Tombo, arredores da cidade, ocupando uma área de 80 hectares.

O custo total do projecto inclui a execução dos estudos preliminares, de impacto ambiental, de drenagem, molhes e aterros e construção das infraestruturas

Um dos gestores do projecto do grupo Sogester, Ismael dos Santos Martins, adiantou que o futuro porto comercial de Porto-Amboim vai ter capacidade para receber navios com um calado médio (distância entre a linha de água e a quilha dos navios) de 18.5 metros.

Acrescentou que o cais vai ter 1.940 metros o comprimento, uma capacidade que lhe permite operações de carga e descarga de um número considerável de contentores e outras espécies de carga.

Adiantou que a nova infraestrutura vai estar dotada de capacidade multifunções e equipada para receber ou enviar contentores, carga convencional, carga a granel e carga 'offshore'.

Segundo Ismael Martins, o futuro porto vai possuir um cais em linha recta, terminais flexíveis e uma bacia única que vai proporcionar maior protecção marítima.

Quanto ao impacto sociopolítico, Ismael Martins destacou o crescimento económico do município e da província do Cuanza Sul em geral, a globalização do município de Porto-Amboim, com a sua colocação no roteiro marítimo mundial, e geração de empregos e a consequente melhoria do nível de vida das populações, sobretudo dos jovens.

O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, considerou que o futuro porto de Porto- Amboim constitui um desafio do Executivo em criar uma infraestrutura que permitirá transacções comerciais e competir com os portos de Luanda, Cabinda, Lobito e do Namibe e também prestar serviços de apoio às províncias limítrofes do Cuanza Sul, além de servir também países da região da SADC.

"O projecto apresentado afigura-se como um desafio do Executivo angolano na melhoria dos serviços portuários que vão modernizar o processo de carga e descarga de mercadorias. É um empreendimento de grande alcance que vai competir com os portos de Luanda, Cabinda e do Lobito", assegurou.

Adiantou que as tarefas preliminares sobre o estudo de impacto ambiental, de marés e outros, decorrem a bom ritmo, estando previsto o arranque efectivo em 2015.

Augusto da Silva Tomás enalteceu a localização geográfica e estratégica do futuro porto e salientou, entre os ganhos, a geração de empregos, o desenvolvimento da província e do país em geral.

A empreitada, que será executada pela Sociedade SPAL, LDA, surge da estrutura societária entre a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, Sonangol, e o Grupo Sogester, este último responsável pela elaboração do projecto.

Angop/NJ