Para dar solidez ás garantias de que se tratou de um erro de trajectória, cuja justificação não foi apontada neste comunicado, o Ministério da Defesa russo diz-se pronto para abordar o assunto com o homólogo polaco.
"Não houve intenção de invadir território polaco e estamos prontos para realizar consultas com sobre esta situação com o Governo da Polónia", aponta ainda o documento russo, emitido horas depois de a Europa ter entrada em estado de alerta após a intromissão dos drones russos no espaço aéreo da NATO.
E ainda mais frenético ficou o cenário depois de o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, ter anunciado que acionou o art. 4º da NATO (ver links em baixo), que implica a análise internamente para averiguar se se tratou de uma efectiva ameaça e se se justifica uma resposta militar ao agressor.
Entretanto, no Kremlin, o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitri Peskov, vai acrescentar que não há quaisquer evidências de que tenha ocorrido de facto uma intromissão no espaço aéreo da Polónia, nem qualquer prova disso foi mostrada.
"A NATO e a União Europeia acusam diariamente a Rússia de provocações, mas, quase sempre, sem mostrarem qualquer indicação sobre as acusações que fazem", avisou Peskov.
Citado pela RT, o porta-voz do Kremlin acrescentou que ainda não chegou à Rússia qualquer pedido de contacto por parte da Polónia sobre este incidente, incluindo quando o Encarregado de Negócios russo em Varsóvia foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco.
Numa recente clarificação, alguns analistas e plataformas nas redes sociais russas estão a sublinhar que muitos destes drones podem ter sido desviados da sua rota pelos sistemas de guerra electrónica que procuram empastelar os seus sinais de GPS.