O mais velho Presidente do mundo, que ameaça ficar no poder quase até aos 100, venceu, oficialmente, com 53% dos votos, Tchirona Bakary, que obteve pouco mais de 34%, mas nos Camarões quase ninguém acredita nestes resultados,

E os protestos que se seguiram ao seu anúncio no início desta semana e que esta quarta-feira, 29, ainda se fazem sentir em todo o país, em especial nas grandes cidades, mostram que a fraude eleitoral é a razão que a maioria aponta para a 8ª vitória de Biya.

Nos protestos que se seguiram, pelo menos quatro pessoas foram mortas nos confrontos com a polícia, naqueles que são já dos mais violentos protestos pós-eleitorais neste país da costa ocidental de África com perto de 29 milhões de habitantes e um histórico relevante de violência interétnica marcada pela matriz linguística francesa, a norte, e inglesa, a sul, da população, sem descontar a presença jihadista do Boko Haram.

Nesta fase de violência pós-eleitoral (ver links em baixo), à medida que o regime de Paul Biya, que muitos analistas defendem que já não controla o poder, sendo este exercido pelos seus assessores, devido à debilidade física, nem com ameaças de ser preso Bakary parece desistir de reivindicar a vitória.

Face à evolução dos protestos e a resposta brutal das forças de segurança leais ao regime, as Nações Unidas, a União Africana e a União Europeia já vieram pedir contenção policial e à oposição que evite actos violentos nas manifestações.