A notícia é da Reuters e foi possível devido ao acesso que a agência de notícias britânica teve a um documento interno do Departamento de Estado norte-americano, onde é referido preto no branco que a Administração Trump pretende dar este passo.

A decisão de Donald Trump aparece num contexto de um avanço decisivo na guerra contra a imigração ilegal nos EUA, tendo, para isso, a Casa Branca avançado com uma vaga gigantesca de expulsões dos EUA que conduziram aos enormes protestos que varrem as cidades norte-americanas actualmente.

Apesar da recente aproximação entre Luanda e Washington, especialmente na anteror Administração BIden, esta decisão está a ser tomada com Angola na lista que poderá ser alargada de 12 para 48 países cujos cidadãos deixam de poder entrar nos EUA.

O documento interno do departamento que gere a diplomacia norte-americana, está, nota a Reuters, assinado pelo seu chefe, o secretário de Estado Marco Rubio, onde este sublinha um conjunto alargado de razões de preocupação com os cidadãos destes 36 países.

Apesar de não dar indicações precisas a esse respeito, o Departamento de Estado avança que as restrições podem, todavia, ser de natureza total ou parcial, sem nomear os países que integram uma ou a outra possibilidade.

No mesmo documento pode-se ler que os países inscritos nesta lista terão dois meses para cumprir um conjunto de exigências requeridas por Washington para evitarem terem os seus cidadãos total ou parcialmente vetados na entrada nos EUA.

Entre as várias questões que geram dúvidas às autoridades norte-americanas estão a pouca segurança dos documentos de identificação nacionais, tanto no seu formato como na sua emissão, incluindo os documentos nacionais e os passaportes.

Além dos 12 países já conhecidos (ver aqui), esta nova lista inclui, além de Angola, São Tomé e Cabo Verde, a RDC, a Costa do Marfim, o Gana, o Senegal, o Egipto, o Gabão, a Tanzânia ou ainda o Uganda, bem como vários mais em África e noutros continentes, a Ásia e a América do Sul e Central.