O 1º aniversário daqueles que foram dos mais robustos protestos populares no Quénia, com as ruas a serem incendidas por um pacote de lei sociais do Governo queniano que visava não apenas um aumento do custo de vida como um acentuar da precaridade social no país. (ver links em baixo)
Como relatam as agências a partir da capital queniana, embora as manifestações estejam a decorrer igualmente noutras cidades, porque o cerco ao Parlamento de há um ano e a resposta violenta e letal da polícia resultou em vítimas de todo o país.
Só a vinda a público do Presidente William Ruto a anunciar a desistência do pacote legal que despoletou os protestos inicialmente, levou a uma acalmia da situação, embora o Quénia seja um país em permanente ebulição, como o demonstram os recentes protestos populares após a morte de um conhecido blogger que estava sob custódia policial.
E estas manifestações, que honram a mem'ria de pelo menos 60 vítimas dos protestso de há um ano, não podem, como se depreende da leitura dos media locais, ser separadas do homicídio do jovem blogger e professor, Albert Ojwang, para o qual já há um conjunto de acusações sobre agentes da polícia e outros indivíduos.
Apesar do forte aparato policial, desta feita, pelo menos a meio da manhã, ainda não eram conhecidas novas vítimas mortais, até porque várias organizações civis fizeram advertências antes de que estariam a registar todas as acções das autoridades para os levar à justiça em caso de abuso da força.
Ainda assim, o ministro do Interior fez tornar pública uma mensagem onde adverte os manifestantes para não provocarem a polícia porque a autoridade do Estado e a segurança pública não podem nem vão ser postas em questão.
Apesar das advertências, a presença de tantos milhares de pessoas nas ruas, junto ao Parlamento, e a força policial em grande número e com vasto equipamento anti-motim, deixam perceber que está quarta-feira, 25, poderá ser outro dia para "honrar" no futuro.