Este "ataque" de Pyongyang contra o vizinho do sul surge depois de Seul ter laçado, pela mesma via, durante largos meses, milhares de panfletos, com conteúdos provocatórios, além de pequenas quantidades em dinheiro, medicamentos e alimentos, sobre a Coreia do Norte.

Depois de, segundo fontes sul-coreanas, terem sido lançados centenas de balões com sacos que, ao todo, somaram mais de 15 toneladas de lixo, o "ataque" parou, alegadamente por terem sido atingidos os objectivos, mas que, provavelmente, foi devido à mudança na direcção de ventos.

Alias, os dois países ajustam contas aproveitando mudanças na direcção de ventos, porque anteriormente, no lado norte-coreano aterraram milhares de pequenos balões com bens básicos mas que faltam na parte norte da Península Coreana, como medicamentos e alimentos, sendo isso uma evidente provocação para o regime de Kim Jong un.

A Península Coreana está dividida desde 1953, quando terminou, sem um tratado de paz definitiva, a guerra que durou três anos, entre a democrática Coreia do Sul e a ditadura da dinastia "Kim" da Coreia do Norte.

Os dois países estão separados pelo Paraleo 38, com fortificações militares pesadas, sendo que a sul Seul conta com o apoio norte-americano, e o norte tem ligações sólidas com a China e a Rússia.

Ao longo dos últimos anos a Península Coreana tem sido palco da fricção global entre russos e chineses e os EUA e os seus aliados do Ocidente Alargado, de que Seul faz parte (ver links em baixo nesta página).