Era já noite de quarta-feira no sudeste dos Estados Unidos quando o "Milton" chegou ao estado da Florida, provocando estragos volumosos em várias cidades, e, até agora, manhã de quinta-feira, 10, quando os seus efeitos ainda se fazem sentir, já foram registados três mortos.
Ao contrário do que é habitual, as vítimas e os maiores danos em casas e espaços públicos, como pavilhões e mercados, foram provocados por tornados gerados pelos ventos produzidos pelo furacão no momento em que chegava à costa da Florida.
As cidades de Tampa e Orlando foram das mais fustigadas pela passagem do "Milton", mas já com um decréscimo acentuado da sua intensidade, que era, enquanto estava ao largo, no Atlântico, de categoria 5, tendo perdido fulgor para categoria 1 pouco depois de ter chegado a terra.
Apesar de ser ainda mais perigoso que uma "simples" tempestade tropical, com a categoria 1, se os meteorologistas tivessem podido antecipar esta evolução, o Presidente Joe Biden, provavelmente, não teria cancelado a sua viagem para a Europa e para Angola.
A diferença entre a categoria 5, a máxima na escala, e a categoria 1, a menor, reside, essencialmente, na velocidade da rajada dos ventos, de mais de 250 kms/h para cerca de 100 kms/h, com uma constância de cerca de 50 a 70 kms/h.
Apesar deste alívio na sua intensidade, o "Milton" deixou perto de três milhões de casas sem electricidade, cerca de ua centena destruídas total ou parcialmente, mais de 2 mil voos foram cancelados e perto de 1,5 milhões de pessoas foram evacuadas para zonas seguras.