Esta é a segunda resolução que é recusada, embora a primeira, da Rússia, tenha merecido reprovação de vários países ocidentais, além dos EUA, por não condenar com o vigor exigido os ataques do Hamas a 07 de Outubro.

Porém, o texto hoje, quarta-feira, 18, levado ao Conselho de Segurança pela Brasil, país que presidente actualmente a este órgão, faz uma veemente condenação às acções do Hamas, mas, ainda assim, os EUA vetaram-no, muito provavelmente, porque o documento propõe igualmente uma condenação à desmesurada resposta de Israel, que há 11 dias consecutivos bombardeia a Faixa de Gaza, com mais de 3.500 mortos registados, entre estes perto de mil crianças.

A proposta pelo Brasil que mereceu o veto dos EUA recebeu 12 votos a favor e duas abstenções, do Reino Unido e de Malta, dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança.

Todos os países, excepto os EUA, tomaram a palavra para lamentar o veto dos EUA e notar o esforço feito pelo Brasil de forma a introduzir alterações que satisfizessem todos os membros do Conselho de Segurança, onde cinco países têm assento permanente e direito de veto, os EUA, a China, A Rússia, a França e o Reino Unido.

Sauditas mandam cidadãos deixar o Líbano

Entretanto, a Arábia Saudita, que é um dos mais importantes países da região do Médio Oriente, e com quem todos os principais protagonistas do conflito em Gaza já falaram, incluindo os Estados Unidos, ao mais alto nível, e a Rússia, além dos actores locais, do Qatar ao Irão, Israel e a Autoridade Palestina, mandou os seus cidadãos saírem com urgência do Líbano.

Este país acolhe, no sul, junto à fronteira com Israel, milhares de combatentes do Hezbollah, o braço armado do Irão na região, e ambos os lados têm trocado intenso fogo de artilharia, naquilo que muito entendem ser um prenúncio de um conflito mais alargado, que pode ser já do conhecimento dos sauditas e, por isso, esta medida preventiva para os seus cidadãos.

Alias, esse alastrar do conflito foi já, inclusive, anunciado pelo Irão que, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, disse, primeiro, que iria entrar no conflito através do Hezbollah, caso Israel avance sobre Gaza (ver links em baixo nesta página), e, depois, num segundo momento, disse que poderia mesmo ter lugar um ataque preventivo sobre as forças israelitas estacionadas na fronteira com Gaza há mais de uma semana, prontas para a invasão terrestre, que já foi anunciada como certa por Telavive.