Maduro, com este resultado, deixa o seu principal adversário, Henri Falcon, a uma larga distância, tendo este conseguido apenas 21 por cento.
Estes resultados foram divulgados pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, que pediu "a todos e todas, nacionais e internacionais, que respeitem os resultados eleitorais e o povo da Venezuela, que decidiu e decidiu em paz".
Quase ao mesmo tempo, o principal rosto actual da oposição afirmara que não iria reconhecer os resultados, exigindo a repetição das eleições por considerar terem sido fraudulentas.
Mas também alguns países sul-americanos assumiram idêntica posição, com o Chile e o Panamá a tomar a dianteira deste processo de não reconhecimento dos resultados na Venezuela, que vão permitir a Nicolas Maduro manter-se no poder até 2025.
Para o Governo do Panamá, "o processo eleitoral não foi nem democrático nem participativo" e para o Chile o acto eleitoral que deu Maduro como vencedor "carece de legitimidade e não cumpre os requisitos necessários para ser considerado democrático e transparente".
Recorde-se que as eleições foram acompanhadas por centenas de observadores liderados pelo antigo primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, que, logo após o anúncio dos resultados provisórios, disse que a contestação é normal e esta deve ser apresentada nos órgãos próprios do país, pedindo a todos os intervenientes calma e diálogo para ultrapassar as discrepâncias existentes.
Recorde-se que a Venezuela viu a grave crise económica e política acentuar-se após a morte do anterior Presidente, Hugo Chávez, em 2013, altura em que Maduro assumiu o poder, coincidindo esse momento com uma acentuada escassez generalizada de produtos básicos no país, com a fome a engrossar nas camadas mais pobres e com a estrutura administrativa do país a deteriorar-se severamente a ponto de até a indústria petrolífera, de que a Venezuela é fortemente dependente, está em colapso.