O Acnur indica alguns motivos para este aumento: impactos humanitários da pandemia de Covid-19 e o surgimento de novas situações de deslocamento no último ano.

A maioria dos refugiados que precisarão de ser reassentados está no continente africano, sendo aproximadamente 662 mil pessoas. Oriente Médio e Turquia aparecem logo em seguida na lista do Acnur.

Por país de origem, os refugiados da Síria são o grupo com a maior necessidade global de reassentamento: mais de 777 mil sírios estão nesta situação.

O Acnur refere ainda os refugiados do Afeganistão, desalojados durante diferentes períodos da "história turbulenta do país". Para o próximo ano, mais de 274 mil afegãos precisarão ser reassentados.

Os deslocados da República Democrática do Congo, do Sudão do Sul e de Mianmar também vão precisar de reassentamento, revela o Acnur.

Segundo a agência da ONU, o sistema de reassentamento, que envolve a transferência de refugiados de um país de asilo para outra nação que concordou em recebê-los e em fornecer assentamento permanente, está disponível apenas para uma fração dos refugiados do mundo.

O Acnur apela aos países para acelerarem os procedimentos de reassentamento o quanto antes e lembra que a medida garante a protecção dos refugiados que estão sob maior risco.