Entre as sanções aplicadas pela organização sub-regional estão o congelamento de contas de elementos da Junta Militar no exterior, a chamada a casa dos embaixadores na capital maliana, Bamako, e a suspensão das relações comerciais com este país.
Estas sanções surgem no seguimento de decisões similares tomadas pela União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA).
Recorde acç-se que os militares, dentro de uma situação caótica devido à acção violenta de vários grupos armados, nomeadamente de radicais islâmicos ligados à al-qaeda e ao estado islâmico, que fez deste país um reduto seguro, levando a comunidade internacional a avançar com forças militares substantivas lideradas pela França para os combater.
E o golpe foi ainda realizado quando o país lutava contra a pandemia da Covid-19, como, de resto, todo o mundo, especialmente África, onde as fragilidades estruturais nos sistemas de saúde lidam pior com instabilidade política.
Mas a crise político-militar nesta país já vem de há pelo menos uma década. Como o Novo Jornal foi acompanhando. (pode revisitar alguns dos períodos mais dramáticos nos links de notícias em baixa, nesta página).
Na reacção a estas sanções, os lideres malianos mandaram encerrar as fronteiras com os seis vizinhos e os embaixadores do país nos países que integram a CEDEAO foram chamados a casa.
O Governo de Bamako anunciou a sua "firme condenação" às sanções dos seus vizinhos da África Ocidental, considerando-as "ilegítimas e ilegais"., acusando a CEDEAO de se deixar "manipular por paísses fora da sub-região, não identificando quais mas com o dedo apontado claramente à França e aliados, considerando terem "motivos criminosos".