No boletim de voto como candidatos a Presidente da República vão estar Daniel Chapo, da Frelimo, Ossufo Momade, da Renamo, o maior partido da oposição, Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, e, por fim, Venâncio Mondlane, que conta com o apoio do Podemos.
Esta segunda-feira, 07, é o derradeiro dia de campanha, e, segundo se pode perceber dos media moçambicanos, a Frelimo dificilmente deixará de eleger, de novo, o seu candidato para Chefe de Estado e de Governo, mas por uma margem pequena, sendo que está tudo em aberto para os restantes órgãos em disputa.
Perto de 16,5 milhões de eleitores estão registados para votar e escolher o próximo Presidente do país lusófono do Índico, além dos 250 deputados no Parlamento e milhares nas assembleias provinciais.
Além de recuperar a difícil situação da economia nacional, os candidatos têm apostado na estabilização de Cabo Delgado, a martirizada província do norte do país onde uma agressiva insurgência radical islâmica tem gerado anos a fio de caos e morte, além de danos na economia local e nacional.
Rica em recursos naturais, especialmente gás natural, Cabo Delgado é, desde 2017, palco de uma frente de guerra entre as forças moçambicanas, com apoio de vários países, incluindo Angola e ouros da África Austral, e rebeldes islâmicos radicais, impondo vagas de deslocados envolvendo quase dois milhões de pessoas.
Enquanto a Frelimo insiste na continuidade do trabalho em curso para tirar Moçambique do subdesenvolvimento, a oposição procura sublinhar que se quase 50 anos de poder não foi suficiente, não é agora que vai ser diferente.
A questão da fraude eleitoral e o combate à corrupção é um tema igualmente em cima da mesa de forma permanente.