Nesta proibição, que visa reduzir as despesas do Estado e demonstrar aos cidadãos que os recursos do país estão a ser bem gastos, estão ainda incluídas as comitivas que acompanham figuras de proa do Estado queniano, incluindo o Presidente, vice-Presidente, primeira-dama e membros do Governo.
Numa circular divulgada pelo gabinete do Presidente William Ruto, eleito em Agosto de 2022, sob forte contestação, é explicado que as deslocações para o exterior só serão permitidas se forem essenciais para o cumprimento das obrigações do Estado queniano, para cumprir compromissos relevantes ao serviço do país e para as missões internacionais integradas pelo Quénia.
Não essenciais são deslocações de promoção do país, visitas de estudo, formação, actividades de investigação, fóruns académicos, conferências, feiras internacionais e exibições...
E mesmo as delegações que forem autorizadas por cumprirem com as excepções, terão um máximo de três elementos, no cas dos ministros, incluindo o chefe da comitiva, sendo que nos casos dos secretários de Estado, apenas serão permitidas duas pessoas, sendo que uma delas, além do titular do cargo, terá de ser obrigatoriamente um técnico indispensável.
O Quénia está agora a sair lentamente de um período longo, vários anos, de severa crise económica, que foi exponenciada gravemente pela Covid-19, que desfez em pedaços uma das suas bases estruturais da económica nacional, que é o turismo.
A dívida gigantesca do país, aliada a uma inflação galopante e uma crise cambial severa, o que são espinhas cravadas numa grande parte dos países africanos, são os principais problemas do Quénia.
A recuperação do sector do turismo e dos serviços são o "motor" da recuperação do país que, em 2022, cresceu 4,8%, depois de uma subida expressiva de 7,5 em 2021.