A nacionalidade de Karim (na foto, com a família) resulta da ascendência francesa da sua linhagem materna, Viviane Wade, a sua mãe, é francesa de nascimento, mas a Constituição senegalesa impede as candidaturas de indivíduos com dupla nacionalidade ao cargo de Presidente da República.
Porém, este anúncio, divulgado pela imprensa senegalesa e francesa, é uma repetição do que Karim Wade, de 55 anos, fez em 2019, embora não tenha chegado a concorrer, por manter, na justificação oficial a dupla nacionalidade, estando agora a cumprir as disposições legais para poder ingressar na "casa branca", como também chamam no Senegal ao Palácio Presidencial em Dacar.
Karim Wade foi ministro com diversas pastas entre 2009 e 2012, durante o consulado do seu pai, foi depois condenado a seis anos de prisão por branqueamento de capitais e enriquecimento ilícito, sendo libertado três anos depois pelo Presidente Macky Sall, vivendo deste essa altura no Qatar.
E surge agora como um forte candidato às eleições de 25 de Fevereiro, numa lista com cinco nomes, com destaque para Amadou Ba, actual primeiro-ministro, e Ousmane Sonko, um aguerrido político de Ziguinchor, uma cidade do sul do Senegal, ou ainda o antigo ministro Thierno Alassane Sall.
Com este anúncio de renúncia à nacionalidade francesa, Karim Wade põe fim a uma acesa polémica que estava a fazer caminho nos últimos tempos no Senegal, alegadamente, segundo os seus adversários, porque este estaria, de novo, a forjar a renúncia à dupla nacionalidade.