Hoje, o castelo desmorona-se do Mancebo ao General e do Agente ao Comandante.

Estou com a visão embaçada e a mente emparelhada perante o desterro a que se remeteu a nossa sociedade. Todos os dias, um novo capítulo revela-se nesta novela protagonizada por aduladores e da autoria bem conhecida. Uns mais conhecidos ou reconhecidos que outros, ou até nem tanto, tal qual os dois polícias que encontrei à entrada da casa de banho do embarcadouro do Mussulo, num fim de tarde de Fevereiro. Um deles tinha uma rapariga ao colo e cada um devorava o que parecia ser uma apetitosa cerveja.

Ninguém tugiu ou mugiu com a minha presença, e só me restou fingir que quem estava errado e a mais ali era eu. O meu pensamento Kafkaesco leva-me a uma outra cena ocorrida dias depois da primeira, onde, ao sobreviver a uma tentativa de assalto à mão armada em plena luz do dia, fui parar a uma esquadra. O agente que devia registar a queixa pediu-me para esperar porque era a hora do funge, e esse momento era sagrado. "Chefe são 15 horas, não como desde ontem... tenha calma que já lhe vou atender".

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